O Dragão e a Sereia
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Misc. Non-English › Harry Potter
Rating:
Adult
Chapters:
4
Views:
740
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Misc. Non-English › Harry Potter
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Disclaimer:
I do not own the Harry Potter book and movie series, nor any of the characters from it. I do not make any money from the writing of this story.
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“Finalmente!” Pensou Ariel ao sair da cama. Tinha passado o dia todo a esconder, o melhor que pôde, a vontade que tinha, de que chegasse a noite. Também tinha evitado Flounder pois este não tinha parado de lhe mandar olhares reprovadores. Custou-lhe não falar com ele, mas ela não ia ceder em algo com o qual não concordava e do qual não queria abdicar. Os últimos vinte minutos, tinha-os passado quase à beira de um ataque de nervos. Era angustiante, ter de esperar que toda a gente se fosse deitar, para se poder escapulir pela janela.
A sereia olhou para trás e viu o palácio já muito longe e pequeno. Suspirou de alívio e voltou o olhar para a frente. Uns metros diante dela, estava Flounder. A sereia parou e pôs um olhar teimoso e determinado que convenceria até o mais malvado Devorador da Morte.
- Não me vais conseguir convencer. – disse aproximando-se do peixinho. Este deu um grande suspiro e olhou lentamente para ela.
- O que é que eu digo ao teu pai, se ele perguntar por ti? – A sereia percebeu imediatamente as tréguas do seu mais fiel amigo. Abraçou-o agradecida.
- Eu sabia que ias acabar por me entender.
- Não é exactamente isso mas, ... se não os podes vencer, junta-te a eles. Era isso, ou ficarmos sem nos falarmos até aos oitenta.
- Obrigada, mas agora tenho de ir. Ele já deve estar à minha espera.
- Espero que saibas o que estás a fazer.
- Não te preocupes. Nenhum mal há de vir disto.
Por alguma razão, aquela frase pareceu uma total mentira, a Flounder.
A sereia pôs a cabeça de fora de água, ansiosa por ver o jovem feiticeiro. E lá estava ele. Por momentos pareceu-lhe apreensivo, quase assustado, mas depois os seus olhos encontraram-na, e tudo se dissipou.
- Quem é que se atrasou desta vez? – disse, arqueando uma perfeita sobrancelha.
- Eu sou uma senhora. As regras obrigam-me a atrasar-me. E tu se fosses um cavalheiro, não farias nenhum comentário sobre o assunto. – disse em tom de brincadeira, fingindo estar ofendida.
- Tu não usas quase nada em cima! O que é que podes fazer, que demore remotamente algum tempo?
- Já experimentaste nadar com uma camisola vestida? Não é propriamente prático ou confortável.
- Ei, ... Eu não me estava a queixar! Antes pelo contrário, quanto menos usares mais eu gost... – Draco só conseguiu parar no fim da frase. “Boa! Antes não conseguia evitar insultá-la, agora, não consigo parar de fazer figuras tristes e de me embaraçar.” – Quer dizer... o que eu quero dizer é...
- O que tu queres dizer é...? – encorajou-o, a sereia. O seu coração batia a mil à hora, com algumas das hipóteses que ele poderia utilizar para acabar a frase.
- O... O que eu queria dizer é que... portanto, ...
Ariel estava tão entusiasmada, que nem se deu conta de que se ia aproximando cada vez mais do, aflito, jovem.
“Coragem Draco. Só tens de a beijar. Tão simples quanto isso.... É só inclinares-te e beijá-la.” O jovem engoliu em seco, nervosamente, respirou fundo e inclinou-se lentamente para a frente, fechando os olhos.
“Now’s your moment
Floating in a blue lagoon
Boy you better do it soon
No time will be better
She don’t say a word
And she won’t say a word
Until you kiss the girl”
Desta vez, porém, Ariel apercebeu-se do que ele pretendia fazer. O seu coração, que já batia depressa, aumentou, ainda mais, o seu ritmo cardíaco. A sua face ficou escarlate. Ele queria beijá-la!!! A sua face estava, agora, muito próxima da sua. Quando a sereia se preparava para fechar os seus olhos, ocorreu-lhe algo.
“Não é suposto tu quereres isto! Tens um noivo, lembras-te?” Pousando-lhe uma mão no peito (e ignorando o calafrio que sentiu) para o deter, a jovem tentou convencer-se de que estava a fazer o que era correcto. Draco parou, assim que sentiu a leve pressão que a mão da jovem exercia sobre o seu peito. A rejeição, no entanto, doeu muito mais do que ele alguma vez imaginara que fosse possível. Nem todas as derrotas frente ao Potter, nem a desonra do seu pai em Azkaban, nem mesmo a sua condição actual se podiam comparar a esta rejeição. Nem mesmo tudo isso junto, poderia igualar o sentimento de... derrota? Humilhação? Vergonha? Ele próprio não sabia que sentimento era. Nunca o tinha experimentado, ou, pelo menos, não nesta magnitude. Era simplesmente devastador. Corado e humilhado, manteve o seu olhar longe da rapariga.
“Ela deve estar a pensar que sou um convencido, pomposo, que julga poder seduzir quem quiser.... O que até certo ponto, é verdade.”
- Draco... – disse, suavemente a sereia, tentando ganhar a sua atenção. Este fez um ligeiro aceno com a cabeça para lhe dar a conhecer que a estava a ouvir mas recusou-se a olhá-la nos olhos. Ele ouviu-a inspirar fundo. – Eu estou noiva. – desta vez a sereia conseguiu a atenção que queria. A cabeça de Draco levantou-se, imediatamente, após a pequena mas poderosa frase.
- O quê? – perguntou incrédulo, pensando ter ouvido mal.
- Eu estou noiva. – repetiu ela, desta vez mais pausadamente.
- Noiva? Noiva... do género... comprometida para casar? – perguntou estupidamente.
- Conheces mais alguma definição de noiva? – perguntou Ariel, erguendo uma fina e delicada sobrancelha.
- N-não. – respondeu ele, começando a corar.
De repente, instalou-se um longo e desconfortável silêncio. Ambos os jovens, estavam demasiado absorvidos pelos seus pensamentos para se aperceberem disso. Cada um considerava o que aquela simples informação iria exercer sobre a sua relação. Draco achava-se um idiota por nunca ter posto a hipótese de ela já ter alguém especial. Um verdadeiro idiota mesmo! “Afinal de contas, ela é a perfeição em carne e osso! Não deve haver homem nenhum que não a queira.... E eu cheguei mesmo a pensar que... sou mesmo um idiota!”
Ariel, por outro lado, ponderava se devia dizer ou não, que o que mais desejava era poder começar aquele beijo... e nunca mais o acabar. “Não! O que é que estou a pensar! Se o beijar vai ser muito pior.... o noivado já me parece horrendo, do meu actual ponto de vista. Não quero tornar a perspectiva ainda pior.”
Ambos saíram do seu “transe” ao mesmo tempo.
- Quando é que casas?
- É por conveniência.
Disseram ambos ao mesmo tempo. Draco fez-lhe sinal para falar.
- Talaxio, o filho do príncipe Cianos, veio visitar-nos à cerca de dez anos atrás. Os nossos pais sempre foram bons amigos e como ambas as famílias são de sangue real, decidiram casar Talaxio com uma de nós. Infelizmente deram-lhe a liberdade de escolher e ele escolheu-me a mim. Se fosse como manda a lei, teria sido a minha irmã mais velha, Alana.... O acordo é inquebrável e embora ele seja, sem dúvida, muito bonito, eu não sinto nada por ele. “Ao contrário do que acontece contigo.” – Draco olhou para ela durante alguns segundos.
- Então... tu não gostas dele? – o alivio e a esperança estavam misturados com as palavras. Quase imperceptíveis, mas estavam lá. A sereia acenou afirmativamente com a cabeça. Era incrível! Ainda nem há dois minutos a dor que sentia no coração era imensa e insuportável. Agora, este, batia outra vez desenfreadamente. “Ainda há uma chance! Pequena mas ainda há.” Sim, havia sempre a hipótese de uma segunda rejeição, mas o seu coração exigia-lhe que se mantivesse esperançado.
“Finalmente!” Pensou Ariel ao sair da cama. Tinha passado o dia todo a esconder, o melhor que pôde, a vontade que tinha, de que chegasse a noite. Também tinha evitado Flounder pois este não tinha parado de lhe mandar olhares reprovadores. Custou-lhe não falar com ele, mas ela não ia ceder em algo com o qual não concordava e do qual não queria abdicar. Os últimos vinte minutos, tinha-os passado quase à beira de um ataque de nervos. Era angustiante, ter de esperar que toda a gente se fosse deitar, para se poder escapulir pela janela.
A sereia olhou para trás e viu o palácio já muito longe e pequeno. Suspirou de alívio e voltou o olhar para a frente. Uns metros diante dela, estava Flounder. A sereia parou e pôs um olhar teimoso e determinado que convenceria até o mais malvado Devorador da Morte.
- Não me vais conseguir convencer. – disse aproximando-se do peixinho. Este deu um grande suspiro e olhou lentamente para ela.
- O que é que eu digo ao teu pai, se ele perguntar por ti? – A sereia percebeu imediatamente as tréguas do seu mais fiel amigo. Abraçou-o agradecida.
- Eu sabia que ias acabar por me entender.
- Não é exactamente isso mas, ... se não os podes vencer, junta-te a eles. Era isso, ou ficarmos sem nos falarmos até aos oitenta.
- Obrigada, mas agora tenho de ir. Ele já deve estar à minha espera.
- Espero que saibas o que estás a fazer.
- Não te preocupes. Nenhum mal há de vir disto.
Por alguma razão, aquela frase pareceu uma total mentira, a Flounder.
A sereia pôs a cabeça de fora de água, ansiosa por ver o jovem feiticeiro. E lá estava ele. Por momentos pareceu-lhe apreensivo, quase assustado, mas depois os seus olhos encontraram-na, e tudo se dissipou.
- Quem é que se atrasou desta vez? – disse, arqueando uma perfeita sobrancelha.
- Eu sou uma senhora. As regras obrigam-me a atrasar-me. E tu se fosses um cavalheiro, não farias nenhum comentário sobre o assunto. – disse em tom de brincadeira, fingindo estar ofendida.
- Tu não usas quase nada em cima! O que é que podes fazer, que demore remotamente algum tempo?
- Já experimentaste nadar com uma camisola vestida? Não é propriamente prático ou confortável.
- Ei, ... Eu não me estava a queixar! Antes pelo contrário, quanto menos usares mais eu gost... – Draco só conseguiu parar no fim da frase. “Boa! Antes não conseguia evitar insultá-la, agora, não consigo parar de fazer figuras tristes e de me embaraçar.” – Quer dizer... o que eu quero dizer é...
- O que tu queres dizer é...? – encorajou-o, a sereia. O seu coração batia a mil à hora, com algumas das hipóteses que ele poderia utilizar para acabar a frase.
- O... O que eu queria dizer é que... portanto, ...
Ariel estava tão entusiasmada, que nem se deu conta de que se ia aproximando cada vez mais do, aflito, jovem.
“Coragem Draco. Só tens de a beijar. Tão simples quanto isso.... É só inclinares-te e beijá-la.” O jovem engoliu em seco, nervosamente, respirou fundo e inclinou-se lentamente para a frente, fechando os olhos.
“Now’s your moment
Floating in a blue lagoon
Boy you better do it soon
No time will be better
She don’t say a word
And she won’t say a word
Until you kiss the girl”
Desta vez, porém, Ariel apercebeu-se do que ele pretendia fazer. O seu coração, que já batia depressa, aumentou, ainda mais, o seu ritmo cardíaco. A sua face ficou escarlate. Ele queria beijá-la!!! A sua face estava, agora, muito próxima da sua. Quando a sereia se preparava para fechar os seus olhos, ocorreu-lhe algo.
“Não é suposto tu quereres isto! Tens um noivo, lembras-te?” Pousando-lhe uma mão no peito (e ignorando o calafrio que sentiu) para o deter, a jovem tentou convencer-se de que estava a fazer o que era correcto. Draco parou, assim que sentiu a leve pressão que a mão da jovem exercia sobre o seu peito. A rejeição, no entanto, doeu muito mais do que ele alguma vez imaginara que fosse possível. Nem todas as derrotas frente ao Potter, nem a desonra do seu pai em Azkaban, nem mesmo a sua condição actual se podiam comparar a esta rejeição. Nem mesmo tudo isso junto, poderia igualar o sentimento de... derrota? Humilhação? Vergonha? Ele próprio não sabia que sentimento era. Nunca o tinha experimentado, ou, pelo menos, não nesta magnitude. Era simplesmente devastador. Corado e humilhado, manteve o seu olhar longe da rapariga.
“Ela deve estar a pensar que sou um convencido, pomposo, que julga poder seduzir quem quiser.... O que até certo ponto, é verdade.”
- Draco... – disse, suavemente a sereia, tentando ganhar a sua atenção. Este fez um ligeiro aceno com a cabeça para lhe dar a conhecer que a estava a ouvir mas recusou-se a olhá-la nos olhos. Ele ouviu-a inspirar fundo. – Eu estou noiva. – desta vez a sereia conseguiu a atenção que queria. A cabeça de Draco levantou-se, imediatamente, após a pequena mas poderosa frase.
- O quê? – perguntou incrédulo, pensando ter ouvido mal.
- Eu estou noiva. – repetiu ela, desta vez mais pausadamente.
- Noiva? Noiva... do género... comprometida para casar? – perguntou estupidamente.
- Conheces mais alguma definição de noiva? – perguntou Ariel, erguendo uma fina e delicada sobrancelha.
- N-não. – respondeu ele, começando a corar.
De repente, instalou-se um longo e desconfortável silêncio. Ambos os jovens, estavam demasiado absorvidos pelos seus pensamentos para se aperceberem disso. Cada um considerava o que aquela simples informação iria exercer sobre a sua relação. Draco achava-se um idiota por nunca ter posto a hipótese de ela já ter alguém especial. Um verdadeiro idiota mesmo! “Afinal de contas, ela é a perfeição em carne e osso! Não deve haver homem nenhum que não a queira.... E eu cheguei mesmo a pensar que... sou mesmo um idiota!”
Ariel, por outro lado, ponderava se devia dizer ou não, que o que mais desejava era poder começar aquele beijo... e nunca mais o acabar. “Não! O que é que estou a pensar! Se o beijar vai ser muito pior.... o noivado já me parece horrendo, do meu actual ponto de vista. Não quero tornar a perspectiva ainda pior.”
Ambos saíram do seu “transe” ao mesmo tempo.
- Quando é que casas?
- É por conveniência.
Disseram ambos ao mesmo tempo. Draco fez-lhe sinal para falar.
- Talaxio, o filho do príncipe Cianos, veio visitar-nos à cerca de dez anos atrás. Os nossos pais sempre foram bons amigos e como ambas as famílias são de sangue real, decidiram casar Talaxio com uma de nós. Infelizmente deram-lhe a liberdade de escolher e ele escolheu-me a mim. Se fosse como manda a lei, teria sido a minha irmã mais velha, Alana.... O acordo é inquebrável e embora ele seja, sem dúvida, muito bonito, eu não sinto nada por ele. “Ao contrário do que acontece contigo.” – Draco olhou para ela durante alguns segundos.
- Então... tu não gostas dele? – o alivio e a esperança estavam misturados com as palavras. Quase imperceptíveis, mas estavam lá. A sereia acenou afirmativamente com a cabeça. Era incrível! Ainda nem há dois minutos a dor que sentia no coração era imensa e insuportável. Agora, este, batia outra vez desenfreadamente. “Ainda há uma chance! Pequena mas ainda há.” Sim, havia sempre a hipótese de uma segunda rejeição, mas o seu coração exigia-lhe que se mantivesse esperançado.